sexta-feira, 4 de novembro de 2011


Já há bastante tempo que foram expostas dobragens da minha colecção. A qual colecção continua a aumentar, embora durante as minhas passeatas pelas rua de Paris, desde há mais de quatro anos encontro cada vez menos dobragens, talvez porque os serviços de limpeza da cidade tornaram-se demasiado eficazes para não distinguirem uma poética dobragem (as dobragens são sempre poéticas), dum papel sujo, un saco amarrotado, uma carta rasgada, uma embalagem de comida para gado, um bilhete de metro, uma lapiseira, ou uma lata esmagada. Ou então, os Anjos arranjaram maneira de não perderem penas, isto na hipotese que aqui pela cidade os anjos ainda por cá andariam. 

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