quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Luiz da Rocha - Shooting Stars



Enfim, já comecei a compor a segunda série das "Shooting Stars". Preferi o nome da série em inglês, pois que em português, estrelas cadentes soava negativamente; Cedente - decadente, cai, queda. Ora o meu intuito é de ascender, Estrelas Ascendentes, poderia ser o nome genérico desta série.
São obras muito frágeis e delicadas. como o são as Estrelas Ascendentes. Fazer um voto, que é algo de que nos torna vulneráveis, um voto é um desejo e um desejo por meio de muitos outros desejos, torna-nos frágeis, ou se for sempre o mesmo, torna-nos maníacos. É por isso que é importante desejar e ser vulnerável, o que pode muito bem comportar, construção do nosso ser, descoberta, investigação, conhecimento, crescimento. Crescer faz doer. Sempre as dores desde o berço até à morte. Crescer faz doer. Pode ser que a dor seja o efeito da passagem da seiva, dum sangue cósmico, intensamente presente, terreno, pois é o sítio   a que nos habituamos envolvido na Via Láctea.
Esta peça, potencializa uma lenda, um conto. Prefiro lendas a contos ou contos que são lendas. Lenda é acto que estimula, é língua do despertar. A história se é levada a sério, exclui-nos da existência, aliena-nos da nossa dignidade. É só derrotas e ressentimentos. A Arte post-contemporânea, forma-se de na lenda e não na história. Se a arte existe, ela é lenda, só assim a podemos apreciar, acompanhar, entender, ver.
É mais razoável, concreto e viável ter nos nossos braços uma sereia, do que a certeza de um abraço amigável. 


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